Se você tem dúvidas quanto a real necessidade de começar a fazer terapia, este texto poderá lhe ajudar. Afinal, como entender se é possível continuar tentando sozinho(a) ou se vale a pena investir na terapia?
Antes mesmo de pensar no seu sofrimento ou no problema que busca resolver, pense no tempo em que isso te acompanha. De maneira geral, sofrimentos longos envolvendo uma temática em comum pode ser sinal de necessidade de ajuda profissional. Estar em sofrimento emocional, mesmo que de baixa intensidade, de forma contínua é algo que requer no mínimo investigação, não acha? Após ter ideia do tempo e continuidade de determinado mal-estar, pense nas coisas que você já fez para tentar resolver. Algumas podem funcionar em certa medida. Mas por outro lado, por vezes sobram coisinhas, arestas que não conseguimos aparar, me entende? Pode ser que você precise apenas contar o que tem feito e um novo olhar treinado para identificar possíveis melhorias. Também é recomendável terapia quando:
1) A pessoa, por qualquer motivo, desejar;
2) Quando se está em tratamento com medicamentos para saúde mental;
3) Quando apresenta sintomas de síndromes que envolvam sofrimento psíquico;
4) Quando deseja elevar o padrão de utocuidado e autoconhecimento.
5) Quando deseja fazer alguma mudança importante na vida ou tomar alguma grande decisão.
Não subestimar o próprio sofrimento, nem compará-lo com o das outras pessoas é essencial. Ainda que haja sofrimento no outro, isso não invalida ou diminui o seu sofrimento, certo? Não pense que é besteira, ou que “o tempo cura”. De certa forma, e em alguns casos, a mera passagem do tempo pode resolver sim.
Mas confie na sua capacidade de olhar para dentro de si e se perguntar: “Eu gostaria de ajuda com isso ou de falar sobre isso com alguém que me ouvisse atentamente?”
Quando a resposta for “sim, eu gostaria”, então este é o momento de buscar terapia.
[ Texto escrito pela psicóloga Jaqueline Talamini, CRP 08/19742 ]
